A pesquisa de nome “scorpion fluorescence and reaction to light”
realizada por Douglas D. Gaffin, Lloyd A. Bummb e Matthew S. Taylor da
Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos identificou o motivo do brilho dos escorpiões
quando expostos a luz ultravioleta mesmo que esses animais não possam
enxerga-la. Para o estudo foram utilizados cem escorpiões Paruroctonus
utahensis.
Durante a luz do dia os
animais apresentam a coloração comum de acordo com cada espécie:
amarelo, preto ou translúcido. Ao serem expostos sob a luz, eles passam a
exibir uma coloração fluorescente. O brilho está presente em todas as
espécies, inclusive nos exemplares mortos a anos atrás. O estudo
publicado na revista Animal Behavior indica que o corpo desses animais
funcionaria de maneira parecida a uma espécie de olho, que na verdade
sente – e não enxerga – a presença dos raios UV como uma forma de defesa
contra possíveis ameaças.
O biólogo Gaffin e sua equipe entenderam que a cauda desses animais
seria extremamente sensível a luz que estimula as demais estruturas do
corpo do escorpião, que enviam informações para o sistema nervoso e
deixam todo o corpo em estado de alerta. Apesar da quantidade de olhos –
algumas espécies chegam a ter seis pares – esses aracnídeos não possuem
o sentido da visão muito bom. O corpo seria uma forma de detectar a luz
ultravioleta e definir melhor o ambiente onde eles estão. O biólogo
Gaffin na Universidade de Oklahoma acredita que esses animais tem a
capacidade de identificar à luz e transforma-la em pigmentos verdes que
facilitam a ‘identificação’ do ambiente.
Porque os escorpiões brilham no escuro?
Como
os escorpiões foram coletados no deserto, e em plena escuridão e ainda
sim, procuravam esconder-se embaixo de pedras e na pouca vegetação
rasteira da região, acredita-se que esses animais fujam da radiação
ultravioleta da lua e das estrelas. Os escorpiões cobaias da pesquisa
foram submetidos em testes dentro de câmaras escuras e em seguida foram
expostos a luz da qual eles tentavam fugir. Gaffin então teve a ideia de
cobrir os olhos dos escorpiões com papel alumínio para evitar a
incidência direta da luz, mas os escorpiões tentavam fugir da mesma
maneira. Por fim, tentaram utilizar o protetor contra raios UV
semelhante ao que usamos nas praias e piscinas, o que resultou na
desorientação dos animais que posteriormente os levou a morte.
A
conclusão dos cientistas é de que o exoesqueleto dos escorpiões
revestido de quitina identifica a luz ultravioleta. Agora o próximo
passo é tentar reduzir o impacto que a luz causa a esses seres vivos.
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