
30 novembro 2013

Pesquisadores descobriram um gene que
regula o consumo de álcool e, quando defeituoso, pode causar o excesso
de consumo da bebida.
Um estudo realizado por especialistas da
Universidade de Newcastle revelou que uma única mutação genética pode
codificar as mensagens químicas que inibem o consumo, o que compromete a
capacidade do corpo de consumir álcool com moderação.
As experiências em camundongos revelaram
que aqueles com cópias mutantes do gene Gabrb1 preferiam beber álcool
diluído em água, em contraste com aqueles com genes normais.
O estudo, publicado na revista Nature
Communications, mostrou que os ratos que beberam muito álcool tiveram
dificuldades para controlar seus movimentos dentro de uma hora.
Embora alguns humanos bebem
excessivamente por uma variedade de razões, os resultados sugerem que
alguns podem ser geneticamente mais propensos ao alcoolismo.
Os cientistas, de cinco universidades do
Reino Unido, criaram várias mutações aleatórias no código genético dos
animais antes de dar-lhes uma livre escolha entre água e álcool diluído.
Segundo os pesquisadores, aqueles com a mutação no gene Gabrb1 estavam
tão interessados na obtenção do álcool que empurraram uma alavanca
para obtê-lo.
Eles descobriram que aqueles com
mutações do gene Gabrb1 preferiam consumir quase 85% de seus líquidos
diários a partir da solução de álcool, enquanto os ratos saudáveis
bebiam pouco ou nenhum álcool.
O Dr. Quentin Anstee, hepatologista da
Universidade de Newcastle e principal autor do estudo, disse: “É
incrível pensar que uma pequena mudança no código em apenas um gene pode
ter efeitos profundos sobre comportamentos complexos, como o consumo de
álcool.”
“Sabemos que, em pessoas, o alcoolismo é
muito mais complicado, pois os fatores ambientais entram em jogo. Mas
há um verdadeiro potencial no estudo para orientar o desenvolvimento de
melhores tratamentos para o alcoolismo no futuro.” [ScienceDaily]
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