Com mais e mais planetas alienígenas
parecidos com a Terra sendo descobertos ao redor da galáxia, a
humanidade deve agora começar a planejar os próximos passos na sua busca
pela vida extraterrestre, dizem os pesquisadores.
Ontem, os cientistas anunciaram a descoberta de mais dois exoplanetas potencialmente habitáveis – Kepler-62e e Kepler-62F e -, sugerindo que o cosmos está repleto de mundos capazes de suportar a vida como a conhecemos.
Então, é o momento certo para fazer a
bola rolar para além da mera descoberta, indo até o estudo detalhado e a
caracterização dos planetas alienígenas – uma tarefa que vai exigir
instrumentos novos e mais poderosos.
“Queremos descobrir todos as
características desses planetas, não somente saber se há água ou sinais
de vida”, disse Lisa Kaltenegger, cientista do Instituto Max Planck de
Astronomia, que fazia parte da equipe que descobriu os novos mundos.
Bilhões de planetas como a Terra
Como seus nomes
sugerem, os planetas foram descobertos pelo telescópio espacial Kepler,
da NASA, que tem visto mais de 2.700 possíveis mundos alienígenas desde o
seu lançamento em março de 2009. Apenas 122 foram confirmados até o
momento, mas os cientistas da missão esperam que mais de 90% deles
estejam confirmado nos próximos anos.
A missão de 600 milhões dólares foi
projetada para determinar o quão comuns são os planetas semelhantes à
Terra na Via Láctea. Suas observações até agora sugerem que o nosso
planeta pode não ser tão especial.
Por exemplo, os astrônomos usaram
recentemente dados do Kepler para estimar que 6% das 75 bilhões ou mais
anãs de vermelhas da galáxia – estrelas menores e menos brilhantes do
que o Sol – abrigam planetas habitáveis do tamanho da Terra. Isso indica
que existem pelo menos 4,5 bilhões de “Terras alienígenas” na Via
Láctea.
Enquanto o trabalho do Kepler não for
concluído, o instrumento já lançou as bases para a próxima geração de
missões envolvendo encontrar mundos habitáveis e a vida fora da Terra. [LiveScience]